sexta-feira, 31 de julho de 2015

Paciência é um virtude, Gafanhoto!!!

AS COISAS BOAS VÊM PARA AQUELES QUE SABEM ESPERAR


Paciência, de novo essa palavra. A esperada, desesperada e confusa. Especialmente quando tropeçamos mediante a incerteza de não sabermos quando chegará o que queremos.
Não fique cansado de esperar. A recompensa está esperando por sua paciência.
No entanto, a paciência é mais do que a espera, é a expectativa calma, é uma espécie de pausa no nosso anseio. A paciência não nos entorpece, se impõe à angústia e nos desperta.

A paciência é amarga, mas seu fruto é doce

Achamos difícil de entender, mas a paciência não é carregar e aguentar até não poder mais e explodir. Ela é uma arte, que se faz responsável de nos livrar de cargas emocionais desnecessárias para manter nosso estado de paz.
“Se é paciente em um momento de raiva, escapará de cem dias de tristeza.”
As filosofias orientais falam do dom da paciência como uma força que nossa mente usa para dizer ao resto do corpo que tudo se ajeitará.
E as coisas mais bonitas do mundo requerem paciência para serem revestidas com uma aura de emoção e entusiasmo. Um amor complicado, uma pessoa quase inacessível, fitness. Em suma, todo o objetivo e conquista que buscamos.

O que espera e não desespera encontra o inesperado

Muitas vezes, acreditamos que a vida nos diz “não”, quando na verdade está nos dizendo “espera”. Ficamos impacientes e, portanto, nosso nervosismo nos faz cometer erros.
Às vezes nos cansamos, nossos amigos, parceiros ou expectativas nos irritam, não recebemos nada do que queremos criar e sentimos que a vida não é para nós.

Paciência, uma rainha destronada pela velocidade

“O segredo de paciência é lembrar que a dor é temporária e a recompensa é eterna.”
O que persiste, ganha. No entanto, a julgar pelo interesse que colocamos em cultivar e trabalhar esse dom, a paciência é uma rainha destronada. Nos ensinam a sermos os primeiros em tudo, a vencer nossos companheiros, a correr … E é isso.
Se você leva as coisas com paciência, te deixam fora do jogo. No entanto, o fato é que qualquer sucesso necessita de tempo e paciência, e esses são os únicos instrumentos que nos garantem a alcançar certa habilidade.

Trabalhar a paciência para conhecer a si mesmo

“Compreender a si mesmo requer paciência, tolerância. O “Eu” é um livro de muitos capítulos que não podem ser lidos em um único dia. No entanto, quando você começar a ler, deve ler cada palavra, cada frase e cada parágrafo, porque neles há indícios de totalidade. O princípio é, em si mesmo, o fim. Se souber ler, poderá encontrar a mais alta sabedoria.” – Jiddu Krishnamurti
Os grandes sábios são calmos, pacientes e autoconfiantes. Isso nos dá a dica de que sendo pacientes olharemos para o mundo com uma maior compreensão e sabedoria.
Quando não trabalhamos o dom da paciência, nos comportamos impulsivamente e, sem pensar, criamos ou agravamos nossos problemas, deixando escapar muitas oportunidades.
Na verdade, para cultivar a paciência você precisa de pouco, e tudo está ao seu alcance.

1.Respire

A respiração profunda é sempre um bom recurso, ajudando-nos a refletir. Quando tomamos alguns segundos para respirar, estamos de alguma forma oferecendo uma pausa para nosso diálogo interno.

2. Descubra por que tem tanta pressa

Reflita sobre as razões que te deixam impacientes. Se estiver exagerando, reorganize suas prioridades. Pensar nisso e até mesmo escrever sobre vai ajudá-lo a se acalmar.

3. Identifique o que normalmente te gera impaciência

Podem ser outras pessoas, situações estressantes ou você mesmo. No entanto, o simples fato de estar consciente te ajudará a reduzir a ansiedade.

4. Sua paciência é útil ou justificada?

Responder sinceramente a esta pergunta incentiva a calma. Procure padrões e considere sem medo a possibilidade de abandonar o que não está te fazendo bem.

5. Tome o seu tempo e espere o inesperado

Você tem que entender que nós podemos fazer milhares de planos, mas as coisas nem sempre correm como desejamos. Aceite que a vida gira e dá centenas de voltas para chegar onde queremos. Seja realista em suas expectativas e compreenda os outros.

6. Não tenha medo da mudança e não se esqueça de testar

A prática leva à perfeição. Desenvolver paciência significa deixar para trás os maus hábitos com os quais convivemos por muito tempo. Então, como qualquer aprendizagem, cultivar este dom requer parcimônia.
Texto de Raquel Aldana

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Segundos de Colômbia!!!


Agora está faltando pouco pro início da série "Tierra del Olvido", que contará nossa aventura em terras colombianas. Enquanto os histórias não começam, assista o vídeo Bits of Colômbia e sinta o gostinho do que a série reserva!!!




Sempre aqui, no blog Nada + Pra Fazer!!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Como surgiram as rãs

Teve um determinado tempo que Ñaderu, o deus pai de todos os índios, percebeu que seus filhos aqui na terra não estavam mais rezando para ele. Incomodado com o que estava acontecendo, resolveu aplicar uma punição aos desobedientes. Sempre que um índio guarani deixasse de rezar por muito tempo, Ñanderu o levaria para o céu e o transformaria em rã como castigo.

Ilustração: Guto Oliveira

Não tardou para que o primeiro índio deixasse de rezar para o deus guarani e como prometido, Ñanderu, o levou ao céu e o transformou em rã. Descontente com o ocorrido e já ciente de que a rã seria um animal anfíbio, o índio questionou:

- Mas Ñanderu, e se acabar a água? Onde eu vou viver? O que eu faço?

Ñanderu respondeu:

- Nunca vou deixar faltar água para você. Quando acabar, você me avisa que eu mando chuva para repor a água. Ah, e mais uma coisa. Se mesmo com esse castigo você deixar de rezar, não vou trazer seu espírito aqui para cima, ele vai morrer junto com o corpo, entendeu?

O índio respondeu que sim e logo foi transformado em rã e devolvido para a terra.


Por isso que se diz que quando um sapo ou rã canta é porque vai chover. Também é por isso que sapos e rãs só coaxam à noite. São os índios castigados rezando. E quando você ouvir um coaxado fora do ritmo, é uma rã que está rezando sem vontade, está fazendo por obrigação. É por esse motivo que os guaranis não comem rãs.

Ilustração: Gabriel Moretson

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O Sol e a Lua – Cuaray e Diaty

Para os Guaranis Mbyá tudo que acontece e tudo que surge na natureza tem ligação direta com Ñanderú, com os espíritos protetores e com os próprios índios. E dessa forma, eles explicam como surgiram muitos fenômenos que presenciamos todos os dias e noites...

Quando Cuaray (Sol) estava na barriga de sua mãe, conforme ela andava, ele ia pedindo: “Mãe, pega aquela flor pra mim”. E a mãe pegava. Por todo o caminho ele pedia. Até que havia algumas flores cheias de abelhas, e Cuaray pediu “Mãe, pega aquela flor pra mim”. A mãe pegou e levou várias picadas das abelhas. Então a mãe deu um tapa na barriga e disse: “Não vou mais te ouvir”.

Continuando o caminho, a estrada se dividiu em duas. A mãe então perguntou:
- Para onde tenho que ir filho?

E Cuaray respondeu:
- Não falo mais!

Sozinha, a mãe decidiu ir pela estrada do lado esquerdo. Depois de andar algum tempo pela estrada, a mãe foi atacada por uma onça e morreu. Na verdade, a onça era Anhã, o espírito protetor dos animais, caçando comida.

Anhã se reuniu com os outros para comer a mãe, quando descobriu Cuaray dentro da barriga dela. Um deles disse:
- Eu não vou comer ele não, quero só a mãe.
- Eu também, responde outro.
- Eu também.
Até que um Anhã teve uma ideia:
- Por que a gente não cria ele? Ele pode caçar pra gente!
- Boa ideia, responderam os outros.

Ilustração: Roberto Torrubia

Os Anhãs foram treinando Cuaray conforme ele crescia. Ele foi se tornando um grande caçador. Os Anhãs nunca contaram para ele que haviam matado a sua mãe, só falavam que tinha sido uma onça.

Um dia Cuaray questionou:
- Por que eu sou tão diferente de vocês?

Um dos Anhãs respondeu:
- É porque sua mãe veio de outro mundo e se casou com nosso filho, seu pai.

Ñanderú, deus pai de todos os índios, cansado de ver essa enganação toda, resolveu então mandar para terra o irmão de Cuaray, Diaty, para contar-lhe a verdade.

Ilustração: Guto Oliveira

Cuaray, muito bravo com os Anhãs, resolveu vingar a morte de sua mãe:
- Diaty, amanhã os Anhãs vão pescar, a gente mergulha e fica tirando a isca deles, mas não pode colocar na boca, tá? Explicou o irmão.

Diaty concordou e foram os dois para o rio. No entanto, em determinado momento, Diaty não resistiu e colocou o anzol na boca. Os Anhãs, felizes da vida, levaram Diaty e o comeram.
- Vocês podem deixar os ossos pra eu brincar? Só os ossos por favor...” pediu Cuaray.

Os Anhãs atenderam o pedido de Cuaray, que levou os ossos para Ñanderú e pediu que ele fizesse outro. Depois disso, Cuaray fugiu com o irmão e nunca mais voltou para os Anhãs.


Diaty é a lua, e sua morte é lembrada todo mês, na lua nova. A falta de lua no céu representa a morte de Diaty pelos Anhãs.

terça-feira, 24 de junho de 2014

A nova série...

Sei que estou meio sumido daqui. Não estava sendo fácil conciliar a jornada de trabalho estendida e os trabalhos da minha pós-graduação, mas agora estou de volta! Quer dizer, mais ou menos...

A partir do próximo final de semana embarcarei para a Colômbia, numa viagem de 20 dias por esse país cheio de histórias! Das montanhas ao litoral, da zona cafeeira ao mar do caribe, da metrópole à cidade histórica, tudo será detalhado e contado no mínimos detalhes na nova série Tierra del olvido, sempre aqui no Nada + Pra Fazer!

Abaixo, a música que embala a viagem!!!

Nos vemos em breve!!!


segunda-feira, 31 de março de 2014

Mundo Sub

Na primeira vez a sensação é estranha. A máscara. O equipamento incômodo, um pouco pesado. Você entra vagarosamente na água e seu rosto é submerso. A primeira reação é prender a respiração. Quando o ar já quase falta, inspire; o ar chega com um silvo tranquilizador e, pela primeira vez, você respira sob a água. Em poucos minutos, você esquecerá da máscara. O equipamento passa a ser leve e ágil e você se sente livre como nunca antes. Com a primeira respiração sob a água a porta para um mundo diferente se abre. Não é um mundo independente, mas não deixa de ser diferente. Abra esta porta e entre. Sua vida nunca mais será a mesma!

Somente você pode dizer o que lhe impele ao mergulho autônomo. Se você procura por aventura, não ficará desapontado. Você a encontrará quer seja em um navio naufragado enquanto desvenda seus segredos em um recanto remoto do mundo entre outros povos e culturas, ou em sua região, mais próximo do que imaginou ser possível.

Mergulho na Ilha das Couves - Ubatuba/SP

Se você ama a natureza, veio ao lugar certo. Nenhum outro meio ambiente se aproxima em abundância, diversidade e intensidade de um recife de coral intacto. É possível ver mais espécies diversas em dez minutos em um recife do que em dez horas nas regiões silvestres mais inexploradas acima da superfície. Mas com o tempo, você descobrirá que mesmo lugares improváveis que parecem vazios e estéreis às pessoas inexperientes como um lago ou pedreira alagada, pulsam com organismos fascinantes, um lembrete de que a imaginação da natureza excede a nossa.

Ouriço do Mar Azul

Filhote de Paru

Lagosta

Cavalo Marinho

Se descobertas lhe intrigam, bem vindo ao espaço interior. Ainda que seja um clichê, não deixa de ser verdade que conhecemos melhor a superfície da lua do que o fundo dos nossos oceanos. Até mesmo nos locais de mergulho mais populares, você verá coisas que a maioria das pessoas nunca viu, e visitará lugares aonde a maioria das pessoas nunca irá. Mesmo com uma experiência de centenas de mergulhos, a visita a um novo local de mergulho traz sempre novas emoções de descoberta e visitar um local conhecido é quase como voltar para casa.
 
Tartaruga-verde e Moréia Verde brincando na Ilha Anchieta em Ubatuba/SP


Paru adulto


O mergulho autônomo significa enfrentar novos desafios. Ele constitui uma das raras atividades que fazem a adrenalina correr no sangue e provoca emoções fortes, ou traz calma e paz. Você pode aceitar desafios que requerem treinamento, planejamento, equipamento e concentração: procurar objetos perdidos, descer até 30 metros ou explorar seu local de mergulho favorito após o pôr-do-sol. Ou você pode se deixar levar ao longo de alguns ambientes mais tranquilos e lindos do mundo, sendo que a sua maior preocupação imediata seria decidir se deseja ou não parar e fotografar uma estrela do mar. De qualquer modo, a atividade de mergulho cresce com você. Há sempre algo novo para ver, algum lugar novo para explorar, alguma nova maneira de desfrutar da experiência. Nenhuma outra atividade se correlaciona tão fácil e precisamente às suas expectativas de hoje, de amanhã e de dez anos no futuro. É impossível superá-la.

Raia Manteiga

Estrela do Mar

Budião Vermelho

Você provavelmente viu fotografias, programas de televisão e filmes sobre mergulho, mas até que mergulhe é impossível compreender o que significa mergulhar. Nada na superfície da terra pode ser comparado com as sensações que você experimentará – a emoção de respirar debaixo d’água, a liberdade de sentir-se “sem peso” e imagens e sons sem paralelo.

Ilha Anchieta - Ubatuba/SP


(Texto de introdução, com algumas adaptações, da apostila do curso básico de mergulho autônomo PADI)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Uma ode à felicidade!

São 6h30 da manhã, o celular desperta com uma música de sua preferência (no meu a música é Three Little Birds, música de Bob Marley na voz de Gilberto Gil). Levantar, trocar de roupa, lavar o rosto, escovar os dentes, tomar café, tirar o carro da garagem para ir trabalhar, enfrentar o trânsito, bater cartão, resolver várias coisas ao mesmo tempo, bater cartão para sair para o almoço, almoçar, escovar os dentes, bater cartão para voltar do almoço, resolver outras várias coisas, bater cartão de novo, pegar o carro e enfrentar o trânsito para voltar para casa, fazer um lanche, tomar banho, assistir televisão, escovar os dentes, deitar, apagar as luzes e dormir.

Apesar de fazermos isso quase todos os dias, acredito que esse não seja o modelo de felicidade almejada pela maioria de nós. Levando isso em consideração, comecei a refletir sobre o que me traz felicidade? Você saberia responder essa pergunta? O que te traz felicidade?

Depois de muito pensar, e repensar, creio que a felicidade não seja uma constante e sim fragmentos. E são esses fragmentos que podem fazer toda a diferença no nosso dia-a-dia. São os pequenos detalhes, as pequenas lembranças que podem fazer toda essa correria da rotina se tornar mais agradável. Finais de semana em viagem com a namorada, encontros de família, baladinhas com os amigos, acampamentos, viagens, músicas, sorrisos, parar o carro na faixa de pedestre para um idoso atravessar, bom dia recebido por um estranho com um sorriso, sorrisos, sorrisos e mais sorrisos!

São esses pedacinhos de vida realmente bem vividos, e que às vezes, por um motivo qualquer, deixamos passar que fazem toda a diferença nas nossas vidas, que nos fazem contar aos amigos com entusiasmo e FE-LI-CI-DA-DE.

Meu irmão e eu num luau chuvoso no Cupim Místico.

Se deixarmos de lado tudo de ruim e pesado que a rotina nos traz e nos apegarmos aos pequenos momentos bons, como diz meu amigo Marcelo Jeneci, "tem vez que as coisas pesam mais do que a gente pode aguentar. Nessa hora fique firme, pois tudo logo vai passar. Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser".

Para encerrar, um vídeo do #wearecuritiba que, logo pela manhã de segunda-feira, me fez abrir um largo sorriso que durou pelo dia todo!



Já que é só uma questão de ser, então sejamos!!!